C.H | Invitation | Capítulo 14

Notas Iniciais: Apenas desculpas pela demora excessiva, Mel sem palavras pra você, agradeço por sempre estar aqui me incentivando a não parar, enfim boa leitura. Amo vocês! <3

Convite.

Os dois se separaram ofegantes após o beijo, e ainda de olhos fechados Caleb preparou-se para sussurrar.
-Vamos, venha dormir comigo. - Pediu por cima dos lábios crispo e vermelhos de Campbell que assentiu lutando para reorganizar as ideias em sua mente, totalmente perdida naquele momento tão profundo.
Parker pegou-a pela mão entrelaçando seus dedos e os dois seguiram para o aconchego da cama de solteiro, embora pequena suficientemente perfeita para acomodar seus corpos próximos um do outro.  Beijou o topo da cabeça de Cher quando já estavam deitados e ela fechou os olhos lentamente com aquele carinho protetor.
                                            
 -Boa noite. - Disse ela, de olhos ainda fechados em poucos segundos pegaria no sono profundo.       
 -Boa Noite, anjo. - Ele respondeu olhando-a e suspirou reparando em seus traços tão bem feitos.      
A boca, a sobrancelha, os cabelos escuros, a pele clara, as suas pequenas e quase imperceptíveis sardas espalhadas pelas bochechas coradas. Ele gostava daquela mulher, por mais que lutasse contra o sentimento tão predominante nascido do orgulho, ele guardava dentro de si o desejo tão palpável de faze-la ser dele, durante anos de sua vida nunca imaginou que fosse conhecer alguém que quisesse ter pra sempre. Porque enjoava fácil do cheiro, da boca, do sexo, da presença de outras mulheres... Mas Cher… Cher ele queria de uma forma especial, pois nunca sentiu com nenhuma outra, oque sentia ao lado dela. Aquela certeza sabe? Certeza de que está no lugar certo, fazendo o que é certo, com a pessoa certa. O seu coração estava em paz ao lado dela, e o homem decidiu naquele momento que queria ter aquela paz pra sempre. 





Na manhã seguinte Caleb levantou-se no último toque do telefone que estava na sala do andar de baixo da casa.
Passou a mão pelos cabelos sentindo raiva por ter sido despertado tão cedo.
6:00 PM, constatou olhando o relógio na persiana, deitou na cama novamente ao lado de Cher, mesmo com a consciência tranquila por ainda poder cochilar uma hora e trinta minutos, porém, uma vez que fora despertado não conseguiria voltar a dormir facilmente.
Observou a mulher descoberta ao seu lado e pensamentos impuros tomou-lhe a mente, as pernas grossas tão vistosas convidavam suas mãos para apalpa-las, o bumbum por de baixo daquele short leve também, a mulher de bruços fazia seus seios apertarem-se levemente sob o colchão e uma grande porcentagem dele ficar exposta.
Ela se mexeu, denunciando que acordaria em segundos, Parker conhecia. 
Pegou rapidamente o travesseiro atrás dele e pôs sob o colo para esconder a ereção que havia se formado arrependendo-se por não ter levantado antes.
-Bom dia. - Campbell disse enquanto virava-se para fitar Caleb a seu lado.
-Bom dia. - Foi rude, sem querer.
-Está tudo bem com você? - Ela perguntou ao notar que ele estava paralisado.
Não conseguia pensar em duas coisas ao mesmo tempo, com as duas cabeças no mesmo segundo.
 -Está sim anjo, não se preocupe. -Sorriu amarelo, percebendo que havia sido seco anteriormente e virou-se para o outro lado no anseio de que ela não reparasse muito nele.                                              A mulher estranhou o chamamento, mas estava muito mais preocupada em saber o motivo do travesseiro em seu colo mesmo depois de já ter levantado.
 Arqueou as sobrancelhas e assistiu Parker correr para o banheiro largando o objeto que segurava quando chegou na porta, Chelsea arqueou as sobrancelhas antes franzidas quando lhe caiu a fixa e ele foi capaz de escutar a gargalhada da mulher da onde estava, bufou sabendo que ela havia percebido. 
Campbell Levantou-se rindo e bateu na porta assustando Parker do outro lado. 
-Não precisa ficar com vergonha Calebzinho -Comentou entre risos -, essas coisas acontecem com os melhores homens.
Riu ao terminar e recebeu um "Não tem graça", ríspido de volta.
Saiu do quarto ainda gargalhando e foi para o seu preparar-se para a sexta-feira que se seguiria.



Desceu para preparar o café depois de já ter feito seus rotineiros hábitos matinais e não encontrou Caleb, sorriu cogitando algumas ideias sacanas e se dirigiu a cozinha para preparar a refeição da manhã e o leite de May que ainda dormia.

O telefone tocou alguns segundos depois e Campbell questionou-se.
Quem ligaria logo cedo e qual seria o motivo? Atendeu o mesmo com as sobrancelhas franzidas.
-Alô?
"Quem fala?" - A voz feminina do outro lado, denunciava ser alguém com alguns anos a mais de idade, mas não estava apagada nem muito menos cansada.
-Sou Chelsea. -Disse, ainda mais curiosa. -,quem é?
"Avó materna de May." - Cher não era capaz de vê-la, mas seu tom de voz deixava saber que um sorriso se escondia por entre as palavras. - "Me chamo Nalia." - Se apresentou com vigor e Campbell teve que tossir para encontrar sua voz, só conseguia pensar que aquela ligação poderia ser o aviso eminente de que tirariam May dela, não conseguia dominar esse pânico.
"Estou ligando pois gostaria que você viesse com Caleb a um jantar aqui em minha casa, para que pudesse nos conhecer." - Completou, Chelsea suspirou relaxando seus músculos, mas ainda sim incapaz de se acalmar.
-Seria um prazer lhe conhecer. - Afirmou optando por ser cordial, não começaria uma guerra só porque os avós de May estavam na justiça pela guarda da menina também, isso seria arrancar-lhe com burrice a razão que tinha.
Nalia sorriu nasalado do outro lado pois sabia que Chelsea estava nervosa com aquela ligação.
"Não se preocupe, isso é só para nos conhecer." - Afirmou.
Logo em seguida, senhorita Nalia pediu para que anotasse o endereço e o horário preferível para que estivessem lá, a ruiva anotou no bloco de notas próximo dela e o endereço escrito saiu com a caligrafia prejudicada devido às mãos tremulas.
Despediram-se e assim que bateu o telefone, Caleb apareceu no degrau da escada olhando-a paralisado esperando por explicações.

-Era a avó de May. - Disse, sem delongas e concluiu falando o motivo da ligação.
-Me deixa ver aonde é. - Pediu se aproximando.
Bateu os olhos no papel e reconheceu o endereço depois de ter lido os números. -, fica uma hora e meia daqui. - Comentou.
-Tudo bem. - Chelsea ficou pensativa, sua mente trabalhava algumas informações importantes, aquela novidade ainda não estava clara, não se preocupou com os detalhes de antemão pois tinha um dia inteiro pela frente para digerir aquilo, polparia esforços metais tão cedo. 



May acordou quando Campbell começara a preparar o café da manhã, Caleb subiu para pegá-la percebendo que Chelsea seria incapaz e apareceu na cozinha minutos delongo depois segurando May cuidadosamente.                                                          
-Trocou a fralda? - Cher perguntou sem olha-lo ocupada demais mornando o leite do bebê.                 
-Sim. - Confirmou e ela virou-se completamente indignada com aquele feito. 
-Jura? – Questionou rindo
-Está duvidando da minha capacidade? - Ele devolveu o sorriso e arqueou uma de suas sobrancelhas. Campbell voltou a fazer o que fazia gargalhando do mesmo.
Entregou-lhe a mamadeira depois de tê-la enxugado e May foi com sede ao bico.
Chelsea a olhou, tão lindamente a menina crescia, beijou-lhe as bochechas e inevitavelmente sentiu o cheiro agradável de Caleb, a atração física presente entre eles estavam os deixando completamente sensíveis a qualquer coisa.

-Como faremos amanhã? - A mulher perguntou depois de ter beijado May em um "Bom dia" e ignorado completamente os sentidos que Parker despertará nela
 -Sairemos uma hora antes, esteja pronta. - Afirmou. -, e vamos levar May. - Continuou depois de ter sentado a mesma em sua cadeira. 
Cher o serviu uma xícara de café e ele agradeceu com um sorriso.
-Estou nervosa. - Confessou.
-Não fique nunca conheci os pais de Lillian, mas por ela ter sido uma mulher tão incrível podemos afirmar que eles também devam ser maravilhosos. - Caleb confortou a ruiva que suspirou concordando. 
Quando ela sentou-se para servir o seu café, Caleb levantou-se.
-Preciso ir trabalhar. Vocês vão ficar bem? - Perguntou franzindo as sobrancelhas e Cher sentiu-se protegida, sorriu de suas palavras e da forma como ele olhava dela para May e de May para ela.
-Vamos sim. -Disse no meio de um sorriso que foi coberto pela xícara de café. - Não vamos neném? - Campbell disse para a pequena que abriu um sorriso de dentinhos que ainda nasciam.
Parker plantou um beijo na testa de Chelsea e May e subiu para se arrumar, rumo a mais um dia.


Aquela sexta custou a passar, tão devagar quanto Cher imaginava, não conseguindo conter a ansiedade crescente, contatou Abigaiul para contar-lhe dos acontecimentos.
A mulher lhe confortou via telefone dizendo que havia conhecido os pais de Lillian e que os mesmos eram agradáveis e gentis, disse que seria uma ótima oportunidade para May, afinal de contas não era certo privar a garotinha de conhecer sua família, independente das circunstâncias.
Salvou Chelsea com a notícia de que o vestido para aquela ocasião ficaria por sua conta, a ruiva negou veemente mas a mulher pediu-lhe que deixasse esse requisito por ela mesma pois fazia questão de ajuda-la com isso, com muita relutância Campbell aceitou fazendo questão de destacar que ficaria devendo Abigaiul por este feito.
No dia seguinte a mesma passaria lá com a roupa em mãos, Chelsea sabia tão somente que Abigaiul não a decepcionaria na escolha da vestimenta, então confiou inteiramente esta missão.
Campbell sentou-se no final da tarde com May no sofá e ligou à televisão em um canal de desenhos infantis, Roger também se deitou no tapete felpudo da sala e em silêncio ofereceu companhia as duas ali presente.
Campbell olhava para a televisão enquanto fazia carinho em May, mas sua mente estava longe, distante daquela dimensão.
Só conseguia pensar no que faria no dia seguinte, o que falaria aos avós de May, o que conversariam, como reagiria, aqueles pensamentos tornavam a ansiedade crescente e então ela só desejava algo para distraí-la até que a hora chegasse.



Caleb atravessou a porta e assim que entrou no cômodo a cena graciosa de May deitada completamente adormecida sob o busto de Chelsea, que também dormia chegou ao seu campo de visão, o homem desacelerou os passos mas Roger levantou o focinho e foi ao encontro dele, Parker acariciou o animal antes de deixar sua mochila sobre o sofá e a chave do carro em seu lugar de sempre, o ciclo que se repetiu.
A novidade foi o beijo na testa das lindas que cochilavam no sofá maior, em seguida subiu para tomar um banho.
Chelsea mexeu-se abrindo um sorriso de olhos fechados assim que ele saiu do cômodo, feliz por ter chegado.



E o dia seguinte chegou junto dele a certeza de que a noite também se aproximaria, quando Abigaiul apareceu com o vestido de Chelsea, ela teve a certeza de que aquilo era real. Agradeceu imensamente pelo feito, fazendo questão de lembrar que ficaria devendo aquele favor, a mulher mais velha dispensou os agradecimentos e se despediu depois de já ter amado May.
E então, quando o sol começou a se por no horizonte Chelsea começou a arrumar a bebê, colocou-lhe o vestido branco de bolinhas pretas que envolvia a cinturinha de May com uma fita de laços, ajeitou com muita dificuldade o cabelo da criança, repartindo-o no meio e amarrando-o dos lados, fazendo então o famoso penteado "Maria Chiquinha", depois de já ter posto as sapatilhas no bebê, Cher sorriu olhando-a admirada, como crescia rápido. A porta do quarto abriu-se no instante seguinte e Caleb apareceu ao notar May ele deixou que um sorriso moldurasse seus lábios sendo impossível esconder a emoção que fazia seus olhos brilharem.
-Como você está linda! -Aproximou-se deixando um beijo na bochecha corada do bebê que pôs as duas mãozinhas em cada lado do rosto do homem de barba rala. 
-Você não ficou em casa hoje, aconteceu algo? - Chelsea perguntou lembrando-se de que havia passado a tarde inteira com May e na companhia de Abigaiul. 
-Não, estava resolvendo algumas coisas na rua nada importante, não se preocupe. -Aproximou-se deixando um beijo na boca de Cher para confirmar suas palavras.
Separaram-se e notaram que a pequena os observava, Chelsea sorriu com o olhar da mesma sob os dois.
-Nunca faça isso, é errado!- Caleb advertiu sério e a pequena só fez abrir um sorrisinho, como se soubesse o que ele queria dizer com aquelas palavras.
-Vou ficar com May enquanto se arruma. - Cher comentou.
E assim se fez. 

Ela brincava com May quando o homem apareceu perfumado na porta, vestindo uma blusa social branca dobrada até seus cotovelos e uma calça do mesmo modelo de um tecido azul petróleo que parecia bem mais preto. 
-Pode ir agora Cher, fico com ela. - Ele afirmou indo em direção as duas e a garganta da mulher trancou. 
Parker era lindo em todas as suas formas, mas naquela era quase que irresistível, encantador, dócil tudo ao mesmo tempo e ela nem sabia que isso era meramente possível. 
As tatuagens expostas davam a ele um ar sensual, o cabelo bem arrumado, o perfume exalando fazia com que o desejo da ruiva fosse o inverso de sair dali, o agarrando e beijando até que cansasse. 
Pegou May em seu colo foi na direção do mesmo para deixa-la no dele, e quando se aproximou Parker tocou o queixo de Chelsea com o polegar e ergueu o mesmo para que seus lábios se encontrassem, e então a beijou lenta e profundamente como se soubesse que a vontade dela fosse exatamente aquela, por coincidência a mesma que a dele. 
-Venha logo, estou te esperando na sala. - Afirmou com a voz rouca e plantou um selinho em seus lábios saindo em seguida. 



Caleb P.O.V

E ela apareceu, uma hora depois tão linda como eu jamais imaginaria, fazendo valer a pena toda a minha espera em um vestido preto que denotava sua cintura, me fazendo imaginar como poderia ser a mesma por deixo dele, sensual, mas elegante.
Chelsea sorriu de lábios vermelho vinho e os dentes brancos ficaram denotados ali, peguei May em meu colo e fui a sua direção terminando de ajuda-la a descer as escadas com a mão desocupada. 
-Você está linda. - Disse a única coisa que fui capaz e beijei sua testa para não ser obrigado a borrar seu batom. 
-Obrigada, você também está incrível. - Notei suas bochechas ruborizarem. 
-Podemos ir? -Perguntei sorrindo. 
-Podemos. - Ela afirmou e andamos até a garagem, notando que já escurecia. 
Ajeitamos May em sua cadeira no banco de trás e Cher foi no da frente me fazendo companhia. 
-Hoje a noite promete. - Afirmei e gargalhei sabendo que a frase não tinha nenhum teor malicioso.
-Promete. - Ela confirmou sorrindo de minhas palavras e após verificar se estava tudo bem com May logo atrás, ligou o rádio na provável intenção de se distrair já que o caminho até Oxford era razoavelmente longo. 



"Não acredito em almas gêmeas ou frutas pela metade, mas eu acho que a gente se pertence, de alguma forma. Eu sou dele, sempre vou ser."                                                                                                - Gabito Nunes

2 comentários:

  1. Rutchê meu amor, até que enfim <3
    E desculpa eu sumir, to tendo pelo menos uma prova cada semana até dezembro :(
    Amei o capítulo! Eles se comportam cada vez mais como um casal, tá tão fofo!!!
    Espero que dê tudo certo nesse jantar, que deixem Chaleb cuidarem da May.
    Continua, mulher! Tá lindo!
    :* <3 3

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    1. Só queria dizer também que tava desesperada pra ver capítulo novo, e não sabia se estudava ou se vinha aqui conferir haha
      Tu arrasa, mulher!

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