C.H | News | Capítulo 15

Notas Iniciais: Eu amo muito vocês, não desistam de mim por favor (risos)
CAPÍTULOS AGORA TODOS OS SÁBADOS HEEEEIN! Beijos, e boa leitura 


Notícias. 




As luzes da enorme casa davam as boas vindas a nós. Caleb saiu primeiro, mas eu não fui capaz de espera-lo dar a volta para abrir a porta por mim, tratando logo de desfivelar o cinto e sair do carro para logo em seguida retirar May de seu acento.
 -Fique calma Cher. - O lindo homem ao meu lado acalmou-me beijando minha testa assim que já estava com May em meu colo. -, vai dar tudo certo porque estamos juntos agora. -concluiu em seguida sorrindo para mim e guiando-me pelas costas para que pudêssemos seguir rumo a entrada da casa.
Meu coração não parou de acelerar, queria poder parecer suave e decidida, mas minhas mãos tremulas não deixavam.
Caleb tocou a campainha e não demorou menos que um minuto para que a porta fosse aberta, e o sorriso confiante da mulher surgiu a nossa frente parecendo tirar todo aquele ar nublado que preenchia o meu cenário, sorri de volta assim que seus olhos encontraram os meus descendo para meu colo ocupado por May que observava a cena atônita, porém calma.
-Boa Noite queridos! - Ela saldou e cumprimentou Caleb cordialmente e a mim com um beijo na bochecha. -entrem por favor, e fiquem a vontade. -pediu nos dando espaço para que pudêssemos passar.
O calor do ambiente nos deu ar de boas vindas e o cheiro suave percorreu minhas narinas,e então procurei desesperadamente por um lugar para que pudesse sentar, minhas pernas pediam clemencia devido o anterior nervosismo que preencheu meu organismo fazendo com que as mesmas ficassem bambas e tremulas.
A sala de estar foi o primeiro cômodo com o qual nos deparamos, os sofás aconchegantes me chamavam.
-Sentem-se, irei chamar meu esposo. - Senhorita Nalia comentou e eu pude ter o prazer de me sentar para observar melhor a casa onde estava.
Procurei por fotografias e coisas que fossem familiares, porém não encontrei.
Nenhum quadro de Lillian, nenhuma foto da família, nada que pudesse fazer sentir-me familiarizada. Talvez não pudesse haver nada ali, mas em outros lugares da casa.
Depois, observei com cuidado o tapete que forrava o chão, os objetos em cima das estantes, os inúmeros livros que preenchiam apenas uma parte dela, meus olhos percorreram a mesa com os talheres e pratos já postos sobre ela, para só então reparar em Caleb me observando com olhar meticuloso e sorriso nos lábios crispo.
-Está tudo bem ai? - Ele sussurrou parecendo estar longe de mim, isto causou-me certa aflição.
-Estaria melhor com você aqui do meu lado.-Sussurrei sorrindo também.
Ele levantou-se trajado em toda sua elegância e trouxe seu perfume para mais perto de mim, passando seus braços por meu ombro e distraindo May em meu colo por já começar a demonstrar sinais de inquietude.
Agora sim, estava familiarizada.
Nalia e seu esposo desceram minutos depois, com certa dificuldade para enfrentar as escadas provavelmente pela idade que se mostrava presente, notei a mulher parecer querer muito demonstrar a ausência de dores que já afetavam seu corpo, como se quisesse dizer estar na flor de sua idade. Ou seria apenas invenção de minha mente?
-Estamos muito felizes de recebe-los.-Ela afirmou mais uma vez e Caleb ficou de pé para cumprimentar o esposo de Nalia, já que eu estava com May em meu colo e dificilmente conseguiria.
O homem devolveu o sorriso e encarou-me assim que comecei a falar e Caleb voltou a se sentar.
-Também estamos muito felizes por estar aqui.-Afirmei forçando um sorriso.
Os dois sentaram-se nas poltronas logo atrás e eu me senti aliviada por Parker está ao meu lado.
May ficou inquieta, me deixando inquieta também e roubando a atenção de todos ao redor.
-Fazia muito tempo que não víamos a pequena, fico muito feliz que à tenha trazido. -Nalia desabafou fitando carinhosamente a neta.
-Por nada. - sorri de volta -, fique a vontade para pega-la se quiser. -Disse, com a intenção de deixar o clima mais ameno percebendo que o silêncio ganhava mais espaço que nossas vozes.
Coloquei May com os dois pezinhos no chão, mas ainda assim segurei suas mãos.
 -Ela ainda está aprendendo a andar. - Comentei sorrindo verdadeiro observando a pequena segurar meus dedos.
-Já está dando alguns passinhos. - Caleb continuou -, certa vez chegando do trabalho pude presenciar a cena de seus primeiros passos, foi emocionante. - Ele prosseguiu com os olhos carregados de brilho.
-Daríamos tudo para ter visto também. - Nalia desabafou sorrindo enquanto seus olhos perdidos fitavam May com delicadeza, eu sentia amor. Não podia ignorar que a avó realmente tinha carinho e apresso pela criança.
-Ainda há muitas coisas que May não faz, e tudo ainda parece ser muito meigo e primário tenho certeza que ficará feliz em presenciar muitos momentos ainda. -Disse para conforta-la.
Depois um silêncio se seguiu, com os olhos de Nalia ainda atentos aos movimentos da pequena agora sentada no tapete da sala distraída com seus sapatinhos.
-O pedacinho de encanto que Lillian deixou para nós né Ben? -Ela disse sorrindo para o marido ele assentiu. -, tudo que ela mais queria hoje está ai vivo para nós. Parece até ser maldade da vida ter dado a ela a oportunidade de ter tido oque tanto almejava e depois tê-la levado sem chance de desfrutar de um prazer que tanto queria ter tido, que era o de ser mãe. -De repente a mulher não sorria mais, e um ambiente triste formou-se ao nosso redor como se tivéssemos imersos a pensamentos em um momento de total filosofia. - Mas eu aprendi com essa perda, por mais que tenha sido difícil aceitar. - Meus olhos marejaram, não podia lembrar de Lillian ou Clark que as emoções fortes apertavam meu peito em uma saudade que jamais seria curada. - Aprendi que as pessoas não estão de passagem, viemos com um propósito, e o intuito da vida é descobri-lo para realiza-lo. Propósito de Lilly foi nos mostrar que nada é impossível desde que você queira muito e esteja disposto a tudo para tê-lo. Lillian nos ensinou muito, tenho aprendido. - Ela terminou suspirando e deixando que um sorriso moldurasse seu rosto e apertassem seus olhos claros brilhantes que me fitavam.
-Temos aprendido Senhorita Nalia. -Continuei com a voz tremula.
-E olha só que o que ela nos deixou amor, uma criancinha linda no auge de seus meses de vida como um presente do céu! -Nalia bateu palminhas para May que sorriu e todos acompanharam com risos que dissiparam o ambiente nublado que havia se formado anteriormente.
Depois conversamos sobre a rotina da bebê, alguns cuidados que temos e dentre outras coisas, através da pequena fui capaz de me soltar um pouco mais e conversar com suavidade, desenvolvendo um dialogo sadio sem que o incomodo do silêncio aparecesse para nos deixar constrangidos.
May, era sem dúvidas o meu assunto preferido.
Todos observavam a bebê sentada no chão em sua graciosidade com as bordas do vestidinho rodeando-a deixando-a ainda mais linda em sua posição, quando Sr. Ben se  pronunciou com seriedade. Percebi que o avô de May era pra lá de silencioso e de pouquíssimas palavras, mas notei-o sorrir algumas vezes por conta de algo que dizia sobre May, ele não aparentava ser muito aberto e brincalhão, mas provavelmente tinha lá seus momentos de descontração e era uma boa pessoa, em nenhum momento percebi olhares maldosos ou comentários ríspidos, ele deveria apenas ser... Fechado.
-Caleb, seu irmão Clark era proprietário de uma rede de academia, não era? - Benjamin questionou com suas sobrancelhas grisalhas totalmente franzidas e observei o homem ao meu lado assumir uma postura séria como a do velho.
Negócios em um jantar familiar?
-Proprietário, não. Mas, ele e senhorita Lillian cuidavam e muito bem da administração e algumas papeladas. O proprietário da Heroes Academy é o privilegiado Sr James, como ele nem sempre tinha disponibilidade para cuidar de todos os negócios, meu irmão assumirá o papel de cuidar de tudo isso e até mesmo fazer algumas viagens em nome do mesmo. - Suspirou após ter concluído e Senhorita Nalia me encarou sorrindo, sorri de volta.
-E como está isso agora? -Perguntou após um breve intervalo de segundos em silêncio.
-Não sei. - Sincero e direto. -, apesar de trabalhar em uma das academias não sei como está essa parte, até porque não conheço a área administrativa dessa rede.
Senhor Benjamin ficou em silêncio assentindo enquanto pensava em alguma coisa, depois de aparentemente sair da sua bolha de pensamentos teve um sobre salto e abriu um sorriso.
-Desculpe todas essas perguntas... eu realmente...-Caleb o cortou com um sorriso também aparecendo em seus lábios.
 -Tudo bem, sem problemas. -Disse negando.
-Bom...-Senhorita Nalia levantou-se roubando nossa atenção enquanto batia as mãos no vestido comprido. -Vamos jantar?
Todos sorriram assentindo enquanto ela se retirava.
-Vou por a mesa. - Continuou
-A senhora precisa de alguma ajuda?- Intervi, dizendo antes que ela saísse e não fosse capaz de me ouvir.
-Por favor querida, ficaria feliz se pudesse. - Sorriu com cumplicidade e eu me levantei deixando May sob os cuidados de Caleb.
Já na cozinha enquanto ela me passava o que seria posto a mesa, comentou sobre Parker.
-Ele deve ser um homem incrível. -Disse com olhos que pareciam sorrir.
-Sim, ele é incrível. -Afirmei, após o sobressalto que sua voz causou em mim e ri para que pudesse apaziguar meu susto.
Saímos juntas do local após pegar tudo que precisávamos para por a mesa e nos dividimos em volta dela para pôr tudo sob o vidro que a rodeava.

Assim que me sentei ao lado de Caleb no banco da frente do carro, quando já havia posto May adormecida sob a sua cadeirinha bem protegida logo atrás de nós,
suspirei.
Como se pudesse por para fora toda tensão que havia estado comigo durante o jantar inteiro, tudo havia sido perfeito, os avós de May tão gentis conosco e para com ela, sentiram-se triste quando dissemos que apesar de tudo estar maravilhoso, precisávamos ir, pois a pequena já estava exausta.
Ben, beijou a testa da menina e sorrio olhando-a nos olhos  verdes, uma cena que ficará gravada em minha mente como prova de que o amor estava ali, senhorita Nalia fizera o mesmo assim que chegamos a porta e May sorrirá para eles como se soubesse que era hora de partir.
Jurei ter visto os olhos claros do casal umedecerem, mas preferi ignorar o pensamento de perguntas que formavam em minha mente sobre serem lágrimas de emoção ou tristeza.
Eu tinha esse problema, o de pensar demais. Meu cérebro fazia tantas conexões e por este motivo chegava a conclusões não lógicas.
-Você foi perfeita. - Caleb sussurrou ao meu lado e eu olhei-o, o mesmo me encarava com as íris brilhosas parecendo até orgulhoso, eu abri um sorriso na tentativa de esconder minhas inseguranças.
-Obrigada. -Sussurrei enquanto sentia Parker aproximar-se fazendo meu coração disparar em uma velocidade quase desconhecida. -, se não fosse por você... Talvez não tivesse vindo.
-Eu sei que você seria capaz de tudo sozinha. -Concluiu fechando os olhos, fiz o mesmo sentindo uma de suas mãos em minha coxa e seus lábios nos meus.
Nos beijamos, calmo e demoradamente e aquilo foi o que precisava para me acalmar e ocupar minha mente de meus pensamentos turbulentos.

Uma semana depois...
Havíamos tido um sábado incrível, os dias que Parker estava em casa conosco eram sem dúvidas os melhores da semana, e agora completamente sujos de ingredientes para um bolo nos divertíamos na tarefa de preparar um com cobertura de chocolate, mas com o homem e May uma simples tarefa tornava-se o mais extenso desafio.
-Caleb, Não! - Assim que virei para observa-lo a farinha foi de encontro a minha roupa. - não acredito que fez isso! -exclamei procurando algo que pudesse arremessar contra ele, o mesmo ria descontroladamente com May em seu colo que observava a cena gargalhando. -E você ainda acha graça! -Vociferei com um sorriso saindo de meus lábios o som da risada do bebê fazia com que minhas emoções vibrassem sendo impossível esconder a felicidade.
E então, a campainha tocou interrompendo minha próxima fala, quem poderia ser em um sábado a tarde?
Caleb P.O.V
-Pode deixar que vou lá atender. - Chelsea comentou limpando as mãos jogando o pano em qualquer lugar enquanto eu a fitava rapidamente da cabeça aos pés sem que ela reparasse.
Não... não.
-Não! Eu vou lá. - Disse rapidamente enquanto entrava em seu caminho percebendo que a mesma também estava sem sutiã, como assim? Eu to reparando nisso somente agora, quando passamos o sábado inteiro juntos com May. -Você sobe, limpa e se troca com May, enquanto eu atendo.
-Caleb... Com certeza é Abigaiul. - Ela me olhou atravessado como se eu estivesse fazendo uma crueldade em não deixa-la passar.
-Tudo bem, mas e se não for? -Perguntei enquanto ela sorria olhando para a criança em meu colo com olhos de carinho.
-Deixe de bobagem. -Ela me empurrou delicadamente e passou para o outro lado preparando-se para abrir a porta, eu me aproximei descobrindo que a minha teima não havia sido em vão.
Maik Thompson, o assistente.
-Olá! -Ele limpou a garganta após tê-la olhado com riqueza de detalhes e eu pude sentir a vergonha se espalhando pelas bochechas de Chelsea e a raiva espalhar-se pelas minhas veias, a respiração tornando-se pesada.
-Érrr... Não esperávamos pela sua visita, hoje é sábado. Por isso... Estamos, érr... assim. -A mulher olhou para trás denotando o sentido de estarmos sujos de farinha e massa de bolo, apontando pra mim ela com certeza percebeu minha cara fechada.
-Pode deixar que eu o recebo Chelsea. - Disse rude, passando a frente da mesma. - Suba e arrume May, depois volte estaremos te esperando. - Conclui a ideia inicial fazendo questão de aumentar o tom de voz, a mulher entendeu o recado, tratou de pegar May em meu colo ligeiramente enquanto eu podia sentir o olhar de Maik no traseiro da ruiva coberto por um shorts curto.
Seria muito errado se eu ousasse dar uns bons golpes nessa carinha de mamãe quero ser homem?
Ainda enraivecido dei espaço para que ele entrasse assim que Chelsea já havia subido.
-A que devo o prazer da visita? - Questionei.
-Como estão as coisas? - O loiro questionou-me com outra pergunta e eu o encarei com olhar desafiador.
-Estamos bem. -Respondi
-Vejo. -Maik lançou um olhar reprovador para minhas roupas sujas, ignorei.
-As coisas estarem bem não te agrada?
-Agrada, porque pensa isso?
-As vezes penso que não, porque eu percebo seus olhares maliciosos para Chelsea. -Ela jamais me perdoaria pelo comentário, mas eu não me sentiria bem se não o fizesse.
Maik riu, gargalhou e inconscientemente meus punhos fecharam-se.
-Fique tranquilo, não vou estragar o relacionamento de vocês dois. -Afirmou olhando-me, me aproximei um pouco mais e sentei-me de frente para o mesmo para que nossos rostos ficassem na mesma direção.
-Espero, porque eu não tenho medo de você. -Conclui ouvindo os passos de Chelsea, ela apareceu com o cabelo meio desarrumado mas roupas limpas, em seus braços, minha pequena.
A mulher sentou-se ao meu lado e encarou o assistente com olhar de preocupação, eu já a conhecia o suficiente pra saber que estava se sentindo nervosa pela presença de Maik.
-Antes de saber como foi o jantar na casa dos avós de May... - Sobressaltamos, como ele tinha aquela informação?-, gostaria de dar-lhes uma notícia urgente... - Ele desceu o olhar para os papéis em suas mãos e de repente o mundo pareceu passar em câmera lenta apenas com os nossos corações batendo rapidamente em nossos ouvidos. - Por decreto do Juiz, May ficará por um mês e vinte e cinco dias sob os cuidados dos avós maternos, enquanto isso... Caleb poderá voltar para sua antiga rotina e Chelsea para a dela, durante este tempo vocês terão direito a visitar a menina apenas aos fins de semana e as minhas visitas serão mais frequentes lá também, segue o pedido com objetivo de observar o comportamento de May Parker com os avós maternos.
O mundo parou junto com nossos corações.
O que seria de nós agora?

”O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade.”





- John Dryden

Um comentário:

  1. Nããããããaããão não pode ser. Quem que inventou essa palhaçada? Como esse serumaninho sabia da visita?
    Não me mata de curiosidade mulher
    E essa cena família bagunçada? Adoreeeeeeei
    😍 Tô amando essa novela. Tu arrasa menina
    Continua que eu to aqui acompanhandooooooo
    <3

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